A relevância do E-commerce, ou seja, do comércio eletrónico, cresceu de forma significativa nos últimos tempos e assim deve continuar no futuro próximo – é o que dizem os vários estudos de mercado que vêm sendo divulgados. Aliás, estar online, hoje em dia, é a forma de se estar.
Para praticamente tudo, existe uma solução algures online e este foi, provavelmente, um dos recursos que mais nos ajudou a superar as dificuldades dos últimos 2 anos. Sem a possibilidade de comunicarmos, trabalharmos, fazermos compras, vermos pessoas online, os nossos dias teriam sido bem mais difíceis! Toda a tecnologia de comunicação colocada à nossa disposição nas últimas décadas revelou-se verdadeiramente útil e constituiu uma “arma” contra o isolamento e a inércia. A vida da maior parte das pessoas manteve-se ativa, porque foi possível continuar a desenvolver toda uma série de atividades, graças às novas tecnologias.
E se todo este cenário constituiu uma mudança drástica nas nossas vidas, com a instituição de novos hábitos de trabalho, de consumo, de lazer, de comunicação em geral, esta foi uma mudança, na maior parte dos aspetos, irreversível. Muitas das coisas que vieram como uma surpresa, uma contrariedade, ou até um choque, vão permanecer nas nossas vidas, de alguma maneira. E o melhor que temos a fazer, é tirar o melhor partido disso!
Nos meandros deste contexto de mudança e evolução do online, é de notar, efetivamente, o grande desenvolvimento que sofreu o E-commerce – se antes muitas empresas e marcas já se tinham posicionado no mercado digital e apoiavam a sua atividade em lojas online, inevitavelmente, pela força das circunstâncias, muitos consumidores que ainda não tinham sido convertidos ao conforto e comodidade das compras na Internet, fizeram a experiência durante o confinamento ou enquanto se verificavam as restrições de acesso aos espaços comerciais físicos… E gostaram! Descobriram que era fácil, cómodo e seguro e, apesar de haver sempre aquele momento ou aquelas coisas que se quer mesmo tocar, experimentar e sentir, antes de comprar, há muitas outras que já não vamos adquirir de outra forma – online temos a informação, as imagens, os preços, as alternativas, a disponibilidade e não temos de lidar com a pressão do vendedor ou dos outros clientes a girarem à nossa volta.
De acordo com dados que foram recentemente revelados pelo INE, embora a proporção de utilizadores do comércio eletrónico em Portugal continue a ser significativamente inferior à média da União Europeia, no ano 2021 manteve-se o crescimento da proporção de utilizadores nacionais, mais 5,2% do que em 2020. Em 2021, 40,4% dos portugueses, com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos, realizaram compras através da Internet. Outro dado importante é que, a taxa de utilização aumentou principalmente entre as mulheres: mais 8,8%; observando-se em 2021 uma proporção superior à dos homens (43,2% contra 37,4%).
Assim, nos nossos dias, nenhum negócio deve negar o óbvio: estar online é imprescindível e determinante. Se é possível não estar e sobreviver? É. Mas, vai ser difícil. Será uma luta inglória, num mercado em que a nossa concorrência praticamente toda já se instalou em plataformas digitais e oferece todas as alternativas aos seus clientes.
Os clientes procuram tudo na web e querem poder encontrar tudo o que necessitam dessa forma, mesmo que acabem por concluir a compra na loja física – eles querem fazer uma compra informada e querem perder o mínimo de tempo possível quando se deslocam pessoalmente às lojas. Por isso, quem não marca presença online perde logo essa vantagem competitiva. Quem não pode ser encontrado online, poderá não ser encontrado, de todo.
Convém ainda referir que a presença nas redes sociais, a divulgação de produtos e serviços através desse meio, é um complemento praticamente obrigatório – não esquecer que é aí que uma grande maioria da população, desde os mais jovens até inclusive alguns idosos, passam uma parte significativa do seu tempo e, portanto, se queremos investir em publicidade, temos aí uma oportunidade de chegar onde necessitamos chegar. Não havendo, ou não se justificando o E-commerce para algum tipo de negócio, as redes sociais cumprem o objetivo de estar online, quer vendendo por essa via diretamente, quer apenas semeando o conhecimento da nossa oferta.
É preciso ir onde está o cliente. É preciso estar onde o cliente procura aquilo que precisa. E sim, este é um caminho sem retorno. O que não é, de forma nenhuma, uma coisa negativa. Este caminho pode ser feito de muitas maneiras, há um número muito variado de ‘transportes’ e até de ‘boleias’ que podem apoiar o percurso. É preciso é ir! Sempre, claro, sabendo qual a direção que se quer tomar e planeando e confiando no “meio de transporte” que se escolheu.
Ainda não está online? Pesquise, estude, pergunte e encontre a alternativa certa para o seu negócio – ela existe e vai levar os seus produtos ou serviços ao nível seguinte e a mais clientes!
Por Elisabete Freitas.
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