As redes sociais marcam hoje o ritmo do dia-a-dia de muita gente, sobretudo das camadas mais jovens da população, embora seja cada vez mais frequente ver também os avós agarrados aos telemóveis a correr o feed do seu Facebook e a fazer likes nas notícias e nas imagens que mais gostam. Sem pensarmos no que isso pode ter de negativo na sociedade e na socialização, o facto é que por todo o lado, nos transportes, nos restaurantes, nas salas de espera ou na rua e mesmo à mesa lá de casa, miúdos e graúdos, dão prioridade ao telemóvel e às mensagens que lhes chegam via Facebook, Instagram, Tweeter ou outra rede qualquer, em detrimento da comunicação pessoal, direta.

A utilização do telefone para colocar questões ou pedir informações parece estar a tornar-se obsoleta e as pessoas preferem pedir informações, solicitar contactos ou colocar questões sobre este ou aquele assunto, através da sua rede social favorita. Este é o meio de comunicação de eleição para uma grande parte da população.

Em face disto, qualquer negócio, seja qual for o seu ramo ou natureza, procura hoje tirar vantagem desta nova realidade e promover-se através deste meio, pouco dispendioso, ou mesmo gratuito. Os tradicionais meios de divulgação (sobretudo a imprensa) estão a perder público e anunciantes para este meio fácil e acessível.

As redes sociais servem as empresas e o seu público, como meio de divulgação de produtos e serviços e canal de comunicação, anunciando eventos ou transmitindo mensagens. Nenhum empresário, seja qual for o negócio, pode ignorar este meio privilegiado de chegar aos seus clientes ou potenciais clientes.

No entanto, é importante que empresas, entidades ou figuras públicas, tenham especial cuidado com a comunicação que produzem e com a utilização que fazem das redes, dado que uma má comunicação pode representar uma simples perda de tempo ou uma complicada projeção de imagem negativa, que ao invés de apoiar a promoção do negócio serve antes para o condenar.

As grandes empresas contratam especialistas ou criam departamentos específicos com pessoal formado para o efeito, onde são desenvolvidos os conteúdos e geridas as redes sociais em que decidem apostar, em função do seu negócio (algumas redes poderão ser mais adequadas do que outras). Essas empresas sabem que uma boa gestão das redes sociais servirá para angariar mais clientes para o seu negócio para além de manter e cultivar o interesse dos clientes já existentes, pelo que não se importam de investir nesta área, da mesma forma que há relativamente pouco tempo investiam na publicidade tradicional.

No caso de negócios mais pequenos, esta gestão das redes sociais poderá ter que ser feita pelo próprio dono do negócio ou por alguém que acumula outras funções, mas as vantagens e o retorno que se pode obter desse investimento é igualmente importante e, por isso, é também importante que se faça uma utilização “correta” deste meio de comunicação com os clientes, porque, como já se disse, uma promoção negativa pode levar à condenação do negócio.

Sem pretender, de forma alguma, criar um manual de utilização das redes sociais, deixamos-lhe aqui apenas algumas dicas para uma utilização mais vantajosa:

– em primeiro lugar, é preciso ter a noção de qual será a rede social onde se move a maior parte dos seus clientes ou possíveis clientes. Existem estudos na internet que abordam este tema, mostrando quais as redes mais utilizadas por esta ou aquela faixa etária, por este ou aquele grupo de interesses, nesta ou naquela região… mas também se pode fazer uma sondagem aos clientes e obter a informação diretamente. A partir daí, é apostar na rede preferida dos clientes – não adianta criar perfis em todas as redes, se depois não há tempo para se fazer a atualização de todos ou responder sequer a eventuais questões que possam chegar por essa via;

– é fundamental manter a presença na rede escolhida, de forma consistente e dando resposta atempada a todos os que o procuram ou questionam, senão no mesmo instante, pelo menos no mesmo dia;

– O perfil criado deve ser claro nas informações que transmite sobre a empresa/negócio (o ramo, o tipo de produtos ou serviços que disponibiliza) e conter os dados de contacto e de localização.

– dar uma olhada na concorrência e na forma como se comunica nas redes sociais poderá dar ideias úteis e ajudar a corrigir caminhos (ou ver aquilo que não deve ser feito!)

– use a rede para comunicar novidades, novos serviços disponíveis no seu negócio, lançamentos de novos produtos, ou até para fazer recrutamento. Procure não escrever textos longos; é melhor tirar partido da imagem, preferencialmente imagens apelativas recolhidas no seu próprio espaço, tendo o cuidado de se preocupar com a qualidade das mesmas. Os textos devem ser revistos antes de os publicar, para evitar erros de ortografia ou outros – a qualidade do material publicado, quer seja imagem quer seja texto, será determinante para o sucesso dos seus posts e, consequentemente, da sua comunicação/promoção via redes sociais.

– defina o tipo de conteúdos que quer publicar na sua página, de acordo com o que pode ter interesse para os seus clientes e com o que poderá cativar potenciais clientes; não misture assuntos pessoais ou que não sejam relevantes para o negócio, pois isso vai ‘distrair’ os visitantes e frustrar as suas expectativas.

E a partir daqui, é ir aprendendo com as suas próprias publicações (e com as dos outros!) sobre o que resulta e não resulta, sobre o que motiva os seus clientes ou não… e vá-se adaptando! 🙂